Apesar do início oficial do inverno — o chamado inverno astronômico — estar marcado para o próximo dia 20 de junho às 23h42 (horário de Brasília), o inverno meteorológico começa mais cedo, neste domingo, dia 1º de junho.
A diferença entre os dois está no critério de definição: o astronômico considera a posição da Terra em relação ao Sol, começando no solstício de junho, enquanto o meteorológico se baseia em aspectos climatológicos e estatísticos.
Essa divisão trimestral facilita o monitoramento, a organização e a comparação de dados históricos de temperatura, precipitação e outros elementos climáticos. Ao usar meses completos, os cientistas conseguem estabelecer médias confiáveis e consistentes para análises sazonais.
Além disso, faz mais sentido do ponto de vista prático e climático: junho, julho e agosto compartilham características similares, como temperaturas mais baixas, aumento da frequência de massas de ar polar, dias mais curtos e noites mais longas. São também os meses com maior ocorrência de geadas e frio intenso, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste.
Já o inverno astronômico, apesar de representar com precisão o movimento da Terra ao redor do Sol, tem início variável (geralmente entre os dias 20 e 21 de junho) e se estende até o equinócio de setembro, o que dificulta sua aplicação em estudos climatológicos.
Portanto, embora o calendário astronômico ainda esteja no outono, para os meteorologistas e especialistas em clima, o inverno começa oficialmente neste domingo. Com as recentes incursões de ar polar, os sinais típicos da estação já estão bem evidentes em várias regiões do Brasil.
O solstício de inverno marca o momento em que o Hemisfério Sul está mais inclinado para longe do Sol em seu movimento ao redor da estrela. Esse fenômeno acontece uma vez por ano, geralmente entre os dias 20 e 21 de junho, e representa o início do inverno astronômico.
É nesse dia que temos a noite mais longa e o dia mais curto do ano no Hemisfério Sul - e o oposto no Hemisfério Norte, que vive o solstício de verão no mesmo dia. Após o solstício, a duração da luz solar gradualmente começa a aumentar, embora as temperaturas ainda permaneçam baixas durante os meses seguintes.
Esse marco astronômico é importante para a astronomia e para culturas tradicionais, mas não reflete exatamente os padrões climáticos observados na prática — daí a importância da divisão meteorológica.