Ventos fortes são elementos cruciais para a formação de uma tempestade de poeira. As rajadas de vento são produzidas por instabilidades, o que tem acontecido com bastante frequência nesse início de primavera.
Os ventos levantam as partículas do solo para o ar criando a tempestade de poeira, isso tem sido consequência dos meses sem chuva e da quantidade enorme de sujeira acumulada com a seca.
Além da estiagem e de toda a poeira acumulada no solo, a geografia e a vegetação de uma área contribui para que as tempestades de poeira ocorram. Por exemplo, as áreas mais afetadas são as planas e com pouca vegetação, cenário visto no interior paulista após tanto desmatamento.
Desde o início dessa febre de tempestades de poeira, consequências catastróficas vêm sendo contabilizadas. Casas destelhadas, edifícios interditados, falta de energia, comprometimento de linhas telefônicas e de internet.
Tempestades de poeira voltam a encobrir cidades do interior de SP. Fenômeno também atingiu municípios do MS https://t.co/XJVmWwnSNQ pic.twitter.com/4qOKRe6aeW
— Jornal A Redação (@aredacao) October 2, 2021
As piores notícias são dadas com a quantidade de mortos e feridos, entre eles humanos e animais. Além de tudo isso, vários acidentes vêm sendo registrados por conta da redução da visibilidade devido à poeira em suspensão, não só em estradas, mas as tempestades também têm provocado atrasos e cancelamento de vôos.
Neste último domingo (03) uma nova tempestade de poeira atingiu áreas do interior paulista, que vem sendo alvo do fenômeno.
Uma nuvem de poeira atingiu a cidade de Catanduva à tarde e durou em torno de 20 minutos segundo informações dos bombeiros da cidade.
Tá virando rotina ter tempestade de areia aqui em Catanduva 3ª em 7 dias! pic.twitter.com/N2bf739g76
— Ana Lê (@analevieira) October 3, 2021
O vendaval desta vez não deixou feridos devido sua menor intensidade comparada às demais rajadas de vento, mas ainda assim assustou a população que vem acompanhando as notícias das últimas tempestades. O corpo de bombeiros relatou a queda de uma árvore que foi arrancada com a força dos ventos.
A notícia ainda não é boa pensando em um fim das tempestades de poeira no interior paulista, pois o cenário de seca foi grave. Foram meses consecutivos com pouca ou nenhuma chuva, ou seja, que a poeira foi sendo depositada no solo - a chuva vem para lavar a sujeira.
Em áreas planas e que vêm sendo desmatadas e queimadas no Brasil Central, ainda existe a possibilidade para novas tempestades com rajadas de vento intensas devido a formação de instabilidades. Tanto no interior de São Paulo, como em áreas de Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, novas tempestades podem ser relatadas.
A expectativa é de chuva em forma de temporais nas próximas semanas e meses com a primavera atuando e posteriormente com a chegada do verão, o que abre espaço para novos episódios catastróficos.