No dia 08 de fevereiro a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou uma nova avaliação científica a respeito da situação da camada de ozônio da atmosfera. O resultado mais importante dessa avaliação mostra que as ações internacionais tomadas desde o estabelecimento do Protocolo de Montreal resultaram na dimuição das concentrações de substâncias que destroem o ozônio atmosférico e, com isso, o início da recuperação da camada de ozônio!
Outros importantes resultados foram destacados no anúncio feito pela OMM, como:
Diante do cenário atual cheio de notícias ruins em relação aos impactos das mudanças climáticas e do aquecimento global, essa é uma ótima notícia, dada a importância da camada de ozônio para a vida na Terra!
O ozônio (O3) é um dos gases que compõe nossa atmosfera, cerca de 90% desse ozônio fica concentrado entre 20 e 40 km de altitude, na estratosfera (camada atmosférica acima da troposfera, na qual vivemos), formando a camada de ozônio.
Essa camada é responsável por proteger todos os seres vivos da Terra dos nocivos raios ultravioleta (UV) emitidos pelo Sol. A radiação UV pode ser dividida em UV-A, UV-B e UV-C, a camada de ozônio é responsável por absorver parte da UV-C e, principalmente, a UV-B, a mais prejudicial para os seres vivos.
Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica. Desde então, os registros aram a mostrar uma redução da camada em outras partes do mundo, especialmente próxima ao Polo Sul e Norte. Diversas substâncias emitidas pela atividade humana são responsáveis pela destruição do ozônio. Algumas dessas substâncias também contribuem para o aquecimento global, agravando o efeito estufa, como os óxidos nítricos e nitrosos, expelidos principalmente pelos exaustores dos veículos, e o gás carbônico (CO2). Mas o principal vilão são os gases chamados clorofluorcarbonos, os CFCs.
O Protocolo de Montreal é um tratado internacional estabelecido em 16 de setembro de 1987 em que os 150 países signatários se comprometeram a substituir as substâncias responsáveis pela destruição do ozônio e, principalmente, acabar com uso dos CFCs. Em comemoração, a ONU decidiu declarar a data de 16 de setembro como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.