A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou um total de 163 mortes em decorrência das enchentes que atingem o estado. Confira os números atualizados até a manhã desta quinta-feira (23):
Além disso, foram confirmadas quatro mortes por leptospirose no Rio Grande do Sul. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), outros casos e óbitos já haviam sido registrados antes do período de calamidade pública enfrentado pelo estado.
Mas a chuva intensa voltou a atingir a capital Porto Alegre desde a madrugada desta quinta-feira (23), deixando ruas e avenidas alagadas novamente. Em alguns bairros da cidade a água já estava baixando, porém com os últimos eventos de precipitação voltou a preocupar os moradores.
Avenida Protásio Alves, agora, em Porto Alegre. Desolador. pic.twitter.com/SBKDUZZ9N8
— Pietro Chidichimo Junior (@PChidichimo) May 23, 2024
Em bairros do município, a água subiu pelo bueiro e alagou áreas que ainda não tinham sido afetadas. De acordo com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), o barro levado pelas cheias das últimas semanas secou e com isso as galerias fluviais ficaram entupidas, dificultando o escoamento da água pluvial. Além disso, as ruas estão com acúmulo de lixo, prejudicando ainda mais a drenagem da cidade.
VÍDEO | O Centro de Porto Alegre amanheceu com uma árvore caída na praça da Alfândega.
— Correio do Povo (@correio_dopovo) May 24, 2024
Ricardo Giusti pic.twitter.com/NSOlQVyG3O
Quedas de árvores também foram registradas durante esta noite de quinta-feira (23) em Porto Alegre e o nível do Guaíba voltou a subir! Foram 14 centímetros em quase 5 horas, mas apesar disso, o lago permanece abaixo de 4 metros com 3,83 metros às 10h de quinta-feira. Às 7h desta sexta-feira (24), o nível do lago chegou a 3,92 metros.
A ponte provisória do exército no Rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado, acaba de ser levada pelas águas. Esta é uma situação crítica que certamente terá impacto nas comunidades locais e na conectividade da região. pic.twitter.com/74Tdf5g85z
— Porto Alegre 24 Horas (@portoalegre24h) May 23, 2024
As aulas tiveram que ser suspensas em Porto Alegre e Região Metropolitana, tanto escolas da rede pública quanto privada. A previsão é de retomar as aulas na segunda-feira (27). Em Arroio do Meio, no Vale do Taquari, a ponte montada pelo Exército Brasileiro foi levada pela correnteza após as chuvas intensas. A arela possibilitava o deslocamento seguro da população que estava isolada na cidade. Segundo os militares, não houve feridos!
Nesta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) enviou ao Rio Grande do Sul casas montáveis usadas por refugiados para abrigar atingidos pelas enchentes.
Ao total foram 8 casas que chegaram no município de Canoas e a previsão é a chegada de mais 200 casas até a semana que vem, as quais estão vindo da Colômbia.
O material utilizado para confecção das casas é espuma poliolefina, com propriedades que protegem do sol e do calor, além de ser à prova d’água. O tempo de montagem da casa é de 4 a 5 horas e pode ar ventos de até 100 km/h, tendo uma validade de até 5 anos.
Mesmo ainda faltando 7 dias para o final do mês de maio, este já considerado o mês mais chuvoso da história de Porto Alegre. Os dados são provenientes da estação meteorológica Jardim Botânico (A801).
Este volume supera o recorde anterior da precipitação de maio, registrado em 1941, que foi o ano da maior enchente da história de Porto Alegre com 405,5 milímetros de acumulado. Anteriormente, o recorde pertencia a setembro de 2023 com acumulado de 447,3 milímetros.
A nível de comparação, climatologicamente falando, o mês de maio em Porto Alegre possui uma média de precipitação em torno de 112,8 milímetros, segundo a normal climatológica de 1991 a 2020.