Todos os anos noticiamos diversos recordes e extremos climáticos que deixam muitas vítimas, além de enormes prejuízos materiais e ambientais. Esses extremos ocorrem principalmente durante o período de verão no Hemisfério Norte e, infelizmente, neste verão não tem sido diferente.
Antes mesmo do início do verão, ainda na primavera, partes da Europa já registravam temperaturas muito acima do normal, beirando os 40ºC, além de grave estiagem e incêndios florestais. O primeiro mês do verão boreal, junho, foi confirmado como sendo o mês de junho mais quente dos registros de todo o planeta, de acordo com a NOAA, com ondas de calor atingindo os Estados Unidos e nordeste da Europa.
Agora, este mês de julho muito provavelmente também entrará no topo da lista de meses mais quentes dos registros! Logo a primeira semana desse mês foi considerada a semana mais quente da história e agora estamos observando várias partes do Hemisfério Norte literalmente ardendo em meio ao calor escaldante.
Nos Estados Unidos diversas cidades têm registrado temperaturas muito altas, principalmente na porção oeste do país. A temperatura chegou a marca de 53ºC no domingo (16) no famoso Vale da Morte, no estado da Califórnia, alguns graus abaixo do recorde de 56.7ºC registrado nesse mesmo local em 1913.
Rabbit fire in California burns over 3300 acres, forces evacuations
— Earth42morrow (@Earth42morrow) July 15, 2023
VC: Moor Park Fire Photographer via @VCFD#Wildfire #California #Riverside #RabbitFire #Viral #Weather #Climate #LakeView pic.twitter.com/0zTp3uRPL5
No sábado (15), a cidade de Phoenix, no estado do Arizona, registrou uma temperatura de 47ºC, no 16º dia consecutivo, com registro de temperaturas máximas superiores a 43ºC. No sul da Califórnia, onde os termômetros ficaram entre 41 e 45ºC, os incêndios florestais já queimaram mais de 3 mil hectares.
O sul da Europa vive uma onda de calor intensa que poderá se agravar nos próximos dias. Países como Espanha, Grécia e Itália têm registrado temperaturas muito elevadas, acima de 40ºC, que têm colocado a população local e os turistas em risco. Na Grécia o governo decidiu fechar a Acrópole, principal atração turística de Atenas, durante a parte mais quente do dia, do meio-dia às 17h, depois que vários turistas desmaiaram ou aram mal devido ao calor.
Na Espanha, onde os termômetros estão marcando temperaturas próximas a 45ºC, as autoridades emitiram diversos alertas de saúde à população. Na ilha espanhola de La Parma, 4 mil pessoas tiveram que deixar suas casas devido a um incêndio florestal fora de controle.
No domingo (16), alertas vermelhos de calor foram emitidos em 16 cidades da Itália, país que deverá registrar as mais altas temperaturas da Europa. Aliás, o recorde de temperatura mais alta registrada na Europa, de 48.8ºC, pertence à região italiana da Sicília, registrada em agosto de 2021. Os meteorologistas acreditam que essa temperatura poderá ser superada nos próximos dias, principalmente na ilha italiana da Sardenha.
Essas ondas de calor extremas representam um grande risco de vida à população europeia. De acordo com um estudo publicado na Nature Medicine, mais de 61 mil pessoas morreram devido ao calor entre 30 de maio e 4 de setembro de 2022. Um único episódio de onda de calor ocorrido entre 18 e 24 de julho do ano ado foi responsável por mais de 11 600 mortes.
A China registrou um novo recorde de temperatura máxima! No município de Sanbao, na região de Xinjiang, noroeste da China, os termômetros chegaram a 52°C no domingo, quebrando o recorde anterior do país de 50.3°C registrado em 2015. Enquanto isso, o sul da China foi atingido pelo tufão Talim. Quase 230 mil pessoas foram evacuadas na província de Guangdong devido a chegada do tufão.
️ Dangerous levels of heat are affecting parts of North America, Asia and southern Europe
— Met Office (@metoffice) July 16, 2023
China provisionally recorded it's highest temperature on record on Sunday and some Mediterranean countries will challenge their respective records this week pic.twitter.com/zuD4rFEgng
No Japão, autoridades emitiram alertas para dezenas de milhões de pessoas em 20 das 47 províncias, após o registro de altas temperaturas e chuvas torrenciais. De acordo com a agência de meteorologia do país, o recorde de temperatura mais alta de todos os tempos no Japão, de 41.1ºC registrado em 2018 em Kumagaya, poderá ser superado nesta semana.
Na Coréia do Sul vaŕios dias consecutivos de chuvas volumosas provocaram grandes inundações e deslizamentos de terra pelo país, 40 pessoas perderam a vida devido às chuvas. Além das mortes, mais de 10 mil pessoas foram evacuadas, dezenas de casas e estradas foram destruídas.